Não poderíamos de maneira alguma abrir este
importante debate sem antes sabermos o significado destas duas palavras a fim
de começarmos a entender se são iguais, diferentes ou se há alguma relação
entre elas.
FÉ E CREDULIDADE –
DEFINIÇÃO
A FÉ:
Segundo Aurélio a fé significa Fidelidade em
honrar seus compromissos, lealdade, garantia: a fé dos tratados.
Confiança
em alguém ou em alguma coisa: testemunha digna de fé;
ter fé no futuro.
Crença nos dogmas de uma religião;
esta mesma religião: ter fé; a propagação da fé.
Crença fervorosa: fé patriótica.
Afirmação, comprovação: em fé do que lhe
digo... / Testemunho autêntico que certos funcionários dão por escrito: a fé do tabelião.
Estar
de boa fé, estar convencido da verdade do que se diz; ao
contrário seria estar de má fé, saber muito bem que se diz uma coisa falsa; ter
intenção dolosa.
A CREDULIDADE:
Segundo
Aurélio, credulidade é: Atributo de quem é crédulo; ingenuidade, simplicidade
de espírito.
E o qual é então o significado de
crédulo? Trata-se daquele que crê facilmente em tudo o que lhe é dito ou
mostrado; ingênuo, simplório: crédulo como uma velha beata.
E crer significa exatamente o que?
Significa, segundo Aurélio, considerar como verdadeiro; acreditar. Considerar
alguém sincero: cremos em você. Considerar possível, desejar. Imaginar, supor:
não posso crer que ele tenha assim procedido. Ter fé, ter crenças,
especialmente religiosas. Crer em si, ter confiança no próprio valor.
FÉ E CREDULIDADE –
COMENTANDO AS DEFINIÇÕES
Pelo que vimos, parece que a visão natural do
significado desses termos nos dá uma ideia de que praticamente, em um
determinado momento, eles têm uma mesma trajetória, ou seja, aquela de que a
credulidade seja uma espécie de fé. Ascende uma interrogação: se credulidade
vem de crer ou acreditar, ou ainda, ter fé ou crenças, faz certa “mistura”, daí
a necessidade de aprofundarmos um pouco mais neste tema.
Muitas vezes a palavra fé é empregada quando
na realidade se deveria empregar credulidade. Um grande perigo surge então: uma
pessoa descuidada, ingenuamente pode ser levada a crer em coisas sem base ou
fundamento. A credulidade pode ter sua estrutura ideológica montada sobre bases
instáveis como as emoções e as superstições. A credulidade não é igual à fé visto
que não tem um fundamento confiável.
A credulidade pode também levar uma pessoa a
tirar conclusões precipitadas, sem fundamento bíblico, formando inclusive uma
ideologia acerca de certos assuntos e arrastando milhares de adeptos a tal
crença ou credulidade, acoplando a tal ideologia uma linguagem filosófica que
penetra nos ingênuos entendimentos e ficando difíceis ou praticamente
impossíveis de serem removidas.
Assim podemos ver claramente que a distinção
entre a fé verdadeira e a credulidade, não é fácil.
Muitas vezes uma pessoa acha que tem fé
somente pelo fato de ter uma vida religiosa saudável. Alertamos que o fato de
ser religioso não significa ter a fé verdadeira.
É importante observarmos que existem pessoas
que têm a fé baseada na Bíblia e ela tem efeito na vida dessas pessoas. Paulo
observou bem este aspecto escrevendo em segunda Tessalonicenses 3, versículo 2,
onde afirma que a fé não é propriedade de todos.
1 - No demais, irmãos,
rogai por nós, para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja
glorificada, como também o é entre vós;
2 - E para que sejamos
livres de homens dissolutos e maus; porque a fé não é de todos.
Assim, a Bíblia nos adverte ainda em
Provérbios, capítulo 14, versículo 15, aquilo que está contido na definição de
credulidade citada por Aurélio, ou seja, ingenuidade.
15 - O simples dá crédito
a cada palavra, mas o prudente, atenta para os seus passos.
Paulo, escrevendo a primeira carta aos
Tessalonicenses, capítulo 5, versículo 21, nos dá mais um alerta, aquela que
devemos realmente nos certificar de tudo e de todas as coisas, todavia, nos
apegarmos somente àquilo que nos for útil, eis o texto:
21 - Examinai tudo. Retende o bem.
A FÉ E CREDULIDADE:
COMO A BÍBLIA AS DEFINE
Hebreus 11 – texto fundamental
1. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,
e a prova das coisas que se não vêem.
2.
Porque por ela os antigos alcançaram testemunho.
3.
Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus
foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
4.
Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que
Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos
seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala.
5.
Pela fé Enoque foi trasladado para não ver a morte, e não
foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação
alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6.
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário
que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador
dos que o buscam.
7.
Pela fé Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não
se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual
condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
8.
Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um
lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.
9.
Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra
alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma
promessa.
10. Porque
esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.
11. Pela fé
também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da
idade; porquanto teve por fiel àquele que lho tinha prometido.
12. Por isso
também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as
estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.
13. Todos
estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, e
crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na
terra.
14. Porque, os
que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.
15. E se, na
verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de
tornar.
16. Mas agora
desejam uma melhor, isto é, a celestial. Por isso também Deus não se envergonha
deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.
17. Pela fé
ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as
promessas ofereceu o seu unigênito.
18. Sendo-lhe
dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era
poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar;
19. E daí
também em figura ele o recobrou.
20. Pela fé
Isaque abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras.
21. Pela fé
Jacó, próximo da morte, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou encostado
à ponta do seu bordão.
22. Pela fé
José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel, e deu ordem
acerca de seus ossos.
23. Pela fé
Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que
era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.
24. Pela fé
Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25. Escolhendo
antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o
gozo do pecado;
26. Tendo por
maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque
tinha em vista a recompensa.
27. Pela fé
deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o
invisível.
28. Pela fé
celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos
primogênitos lhes não tocasse.
29. Pela fé
passaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se
afogaram.
30. Pela fé
caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dias.
31. Pela fé
Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias.
32. E que mais
direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de
Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,
33. Os quais
pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam
as bocas dos leões,
34. Apagaram a
força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na
batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos.
35. As
mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não
aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição;
36. E outros
experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões.
37. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da
espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos
e maltratados,
38. (Dos quais o mundo não era digno), errantes pelos
desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra.
39. E todos
estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
40. Provendo
Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles sem nós não fossem
aperfeiçoados.
O
primeiro versículo nos traz a verdadeira e unica definição de fé. Também os
exemplos que seguem nos versículos seguintes nos mostra exemplos claros do
exercício da fé verdadeira.
Já nos versículos
37 e 38 vimos que alguns desses personagens fervorosos sofreram, todavia,
suportaram dignamente pela mesma fé. A fé verdadeira nos incentiva e nos leva a
grandes conquistas, porém, nos encoraja para suportar as mais terríveis
adversidades sem nos desviar dos caminhos do Senhor, confiando que Ele tem algo
melhor reservado para nós, se não neste mundo, no futuro.
FÉ E CREDULIDADE:
ONDE ESTÃO ELAS NAS
CURAS E MILAGRES?
Todo milagre ou toda cura é obra de fé? A
bíblia diz que mesmo sendo feito em nome do Senhor Jesus e o resultado prático
for bom, pode não ser obra de fé verdadeira com reconhecimento de Deus.
Evangelho de Mateus, Capítulo 7,
versículos 21 a 23.
21 - Nem todo o que me diz: Senhor,
Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que
está nos céus.
22 - Muitos me dirão naquele dia:
Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos
demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
23 - E então lhes direi
abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Quando perguntaram a Ele, haviam
feito em seu nome ele responde não os conheço.
A intensão pode ser boa, mas a prática não
tem a aprovação divina. Onde está fundamentada a autoridade de quem ordenou?
Muitos crédulos, ingênuos, fazem promessas
absurdas tais como subir escadarias de joelhos, ir dezenas de vezes em
romarias, usar trajes típicos de santos milagreiros, muitos ainda se propõem a
beber águas milagrosas, acender velas, enfim, uma infinidade de práticas que
podem trazer resultados positivos para o corpo, mas que não têm fundamento
bíblico e isenta o beneficiado de compromisso verdadeiro e exclusivo com Deus.
Pagou a promessa e pronto. Pode continuar a vida sem estar inserido no plano
maior que Deus tem para nós que é o Plano de Salvação. E o pior de tudo é que
esta ingenuidade cega o entendimento e a pessoa não aceita a verdade e vivem
essa credulidade como se fosse fé. Aprendem assim e vão até o fim de seus dias
desse mesmo jeito. Desastroso, mas é uma realidade a qual deparamos diariamente
com ela sem precisarmos ir tão longe para busca-la. Infelizmente muitos
morrerão valendo-se dessas crenças e experimentarão o quadro terrível que será
o fim daqueles que não creram segundo a instrução da palavra de Deus.
Da mesma forma as promessas feitas com o
objeto de atrair fieis. Milagres, curas, prosperidade, etc.
Outro modo típico do exercício da credulidade
é a utilização de instrumentos físicos como roupas, documentos, fotografias. Na
credulidade as pessoas necessitam de algo que possa seja visível ou tateado
para crerem na realização do que se pretende.
Não podemos esquecer que também existem as
famosas “simpatias”, que saram quebrante, cobreiro e outros males.
Trabalhos mágicos em terreiros de Umbanda
também é uma espécie de credulidade que muitos chamam de Fé. Aqui entram banhos
e outros artifícios, inclusive igrejas praticam algo parecido. Poderiam
questionar dizendo: é diferente. Não, não é. Diferente é o “modus operandi” e contradiz o texto a
seguir:
Mateus 8: 5-13.
5 - E, entrando Jesus em
Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe,
6- E dizendo: Senhor, o meu
criado jaz em casa, paralítico, e violentamente atormentado.
7 - E Jesus lhe disse: Eu irei,
e lhe darei saúde.
8 - E o centurião, respondendo,
disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize
somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
9 - Pois também eu sou homem
sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele
vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu criado: Faze isto, e ele o faz.
10 - E maravilhou-se Jesus,
ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em
Israel encontrei tanta fé.
11 - Mas eu vos digo que muitos
virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e
Jacó, no reino dos céus;
12 - E os filhos do reino serão
lançados nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.
13 - Então disse Jesus ao
centurião: Vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado
sarou.
Pudemos ver no texto acima que o centurião
não levou uma roupa do servo nem mesmo pediu alguma coisa liquida ou sólida
para aplicar no doente e nem mesmo julgou-se digno da presença de Jesus em sua
casa. O centurião, cheio de fé verdadeira queria apenas uma palavra de ordem e
ocorreu segundo o que ele cria.
Dentre
outros exemplos práticos que estabelecem a comparação entre fé verdadeira e
credulidade, podemos encontrar na cura dos dez leprosos: Credulidade: Todos os dez acredutavam que poderiam ser
curados, e foram. Fé Verdadeira:
Apenas um demonstrou porque voltou para seguir a Jesus. Esta é a Fé que salva.
11 - E aconteceu que, indo ele a Jerusalém, passou pelo meio de Samaria e
da Galileia;
12 - E, entrando numa certa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez
homens leprosos, os quais pararam de longe;
13 - E levantaram a voz, dizendo: Jesus, Mestre, tem misericórdia de
nós.
14 - E ele, vendo-os, disse-lhes: Ide, e mostrai-vos aos sacerdotes.
E aconteceu que, indo eles, ficaram limpos.
15 - E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em
alta voz;
16 - E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e
este era samaritano.
17 - E, respondendo Jesus, disse:
Não foram dez os limpos? E onde estão os nove?
18 - Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este
estrangeiro?
19 - E disse-lhe: Levanta-te, e
vai; a tua fé te salvou.
E NAS ADVERSIDADES,
ENCONTRAMOS FÉ?
Outro exemplo de
fé verdadeira a gente encontrará no Apóstolo Paulo e seu filho na fé, Timóteo.
Paulo declara seu amor fraterno, amor de Cristão, a Timóteo.
I Corintios 4,
17 - Por esta causa vos mandei
Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus
caminhos em Cristo, como por toda a parte ensino em cada igreja.
Paulo e Timóteo
sofriam com doenças cronicas que não foram curadas. Tinham eles Fé?
Evidentemente que sim. Também é verídico afirmar que Paulo, o qual considerava
Timóteo como seu filho na Fé, orava constantemente por ele. Mas, ele foi curado?
Não. O fato de não terem sido curados abalou-os de alguma forma? Não.
Continuaram fazendo o mais excelente. A obra de Deus que tem por objeto salvar
o homem e não somente restaurar a carne. Vejamos como Paulo se refere às
enfermidades de Timóteo em uma de suas cartas a ele:
I Timóteo 5,
23 - Não bebas mais água só, mas
usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades.
O importante é
que através da vida de Paulo inúmeros milagres, pela Fé, foram alcançados por
muitas pessoas, inclusive o proprio Apóstolo Paulo teve livramentos incríveis,
isto evidencia que Deus exerce a sua vontade, a qual é indiscutível.
A Fé verdadeira
nos proporciona o conhecimento necessário para entendermos isto. Deus é
soberano! Supremo por sua propria vontade. Ninguém poderá exigir de Deus alguma
coisa. Mesmo quando pensamos que Ele não nos atendeu podemos estar comentendo
um enorme erro. Ele ouve nossas petições, todavia será feita a sua vontade
assim na terra como nos céus. – Eu quero hoje, agora. Poderia alguem dizer. Ele
porem dirá: - Espere um pouco! E aí? Brevemente estudaremos o assunto: Entendendo a vontade de Deus.
E o tempo de
Deus? Não é como o nosso. Deus está na eternidade: presente, passado e futuro
para Ele é uma coisa só. Pense nisto.
Paulo percebia que o espinho lhe fora dado,
não por castigo, mas para proteção. A fraqueza física o protegia contra a
doença espiritual, sabendo que os piores males são os do espírito: orgulho,
vaidade, arrogância, amargura, egoísmo. Esses males causam muito mais estragos
do que o mal físico. Em 2º Coríntios 12, Paulo descreveu o espinho como uma
espécie de "escudo" contra o orgulho ao de dizer que era “para que
não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações”.
II Coríntios 12, 7-10
7 - E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações,
foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me
esbofetear, a fim de não me exaltar.
8 - Acerca do qual três vezes orei ao Senhor para que se
desviasse de mim.
9 - E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas
fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
10 - Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando
estou fraco então sou forte.
Não foi por falta de oração que o espinho
continuava sem cura. Paulo explicou aos coríntios qual foi resposta de Cristo à
sua oração a respeito: “Ele me disse: ‘A minha graça te basta, porque o poder
se aperfeiçoa na fraqueza’” Era como se o Salvador lhe estivesse dizendo que
Ele poderia demonstrar SEU poder melhor do que eliminando seu problema. Desse
modo, Paulo aceitou sua deficiência como uma espécie de privilégio. “De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o
poder de Cristo (II Cor. 12:9)
Anté que venha o
Senhor, a ordem natural das coisas é o que nos aguarda. Todos nós morreremos.
Alguma coisa servirá de pretexto para nossa morte. Morremos por diversos
motivos. Até fúteis às vezes. Os ideologistas do milagre em quaisquer circunstancias, independentemente de haver Fé ou
não, uma vez que já ouvi afirmarem: - venha! Se não for pela sua fé será
pela minha; deveria tambem ser da imortalidade.
Haja visto que se há cura em qualquer situação, nenhuma doença escaparia do
milagre. A verdade é que Deus é supremo
e tem sua própria vontade.
Pegamos pesado!
Mas queremos dizer que é precipitado certos ensinamentos que tentam implantar
uma espécie de fé que nada mais é que uma credulidade ingênua, elaborada não
por ingênuos, mas por gênios filósofos que de certa forma se beneficiam por espantoso
crescimento de suas igrejas, todavia, quando não funciona não há divulgação.
Somos nós quem no dia a dia encontramos esses frustados, agora praticamente
inconvertíveis, tendo em vista sua grande descepção.
Há um proverbio
popular que diz: Em terra de cego,
quem tem um olho é rei. Daí, o porquê ocorre este fato. As pessoas não
lêm a Bíblia, portanto não têm o conhecimento da verdade e se deixam levar
facilmente, ou ingenuamente, por estes argumentos infundamentados.
Os milagres
acontecem. É bíblico. Porem não pode traduzir a totalidade de nosso fervor ou o
fundamento de nossa fé. A fé é muito mais que apenas milagres. A mesma fé do
milagre opera a salvação, o entendimento da vontade de Deus, o consolo, daí por
diante. Se dependesse de um milagre para ocorrer fé, essas palavras e o
testemunho de Paulo, nada valeriam como exemplo nesse contexto.
Por outro lado,
vale a pena lembrar que na vida cotidiana ocorrem incidentes e acidentes onde
qualquer pessoa pode estar envolvida. Exemplo: Síndromes, que são acidentes
genéticos. Incidentes como surtos de dengue e outras epidemias. Acidentes de
transito, naturais. Vivenciamos o incendio numa boate em Santa Maria (RS) onde
vidas foram ceifadas. Igualmente ocorreu o desabamento do teto de uma Igreja
Universal em São Paulo onde as vítimas estavam em uma concentração de Fé e
oração. São fatos que de maneira nenhuma podem servir de tropeço para abalar a
nossa fé.
Quem tem Fé,
necessariamente tem o entendimento para saber o que aceitar e até que ponto
aceitar todas as coisas. Através da fé somos instruidos em todos os sentidos de
nossa vida.
CONCLUSÃO
E ALERTA
A fé verdadeira consiste no crer que tudo é possível. Inclusive não
ocorrendo segundo a nossa vontade, mas prevalescendo a vontade de Deus.
A fé não vem de nós. É dom de Deus.
Crer somente naquilo que diz as escrituras sagradas. Leia a bíblia, se não
entender o texto releia. Busque as referencias examine. Cuidado a quem
perguntar. Um ensinamento equivocado poderá produzir em seu ser uma orientação
equivocada e irreparável.
Busque a Fé verdadeira que somente o Senhor pode dar.
Aos blogueiros de plantão – evangélicos ou não:
Seu comentário é muito importante para nós. Estamos abertos a perguntas,
sugestões e críticas. Participe e divulgue. Seremos gratos!
A credulidade é a aceitação fácil e ingênua de tudo. É acreditar em algo ou em alguém sem fundamentação. A fé é depositar confiança em algo ou alguém com a certeza de que essa confiança foi testada e fundamentada. Pode ser que todas as provas não sejam tão concretas, mas a pessoa toma uma decisão fundamentada e madura a partir de uma experiência individual e coletiva que dá base para uma ação de confiança. Hoje em dia temos os dois extremos: alguns não acreditam em nada. Querem tudo “no preto e branco” e só aceitam aquilo que pode ser provado cientificamente. Outros procuram uma postura “religiosa” e tentam demonstrar a possibilidade de crer em coisas incríveis. O material deste texto é oportuno pois tenta demonstrar o lugar da fé, a partir da confiança em Deus e demonstrar que essa confiança deve ser fundamentada. Não somos chamados a uma credulidade ingênua e infundada, mas a uma fé inteligente, madura e bem fundamentada.
ResponderExcluirGrande Mestre Antônio Marçal, que nosso Senhor e Criador continue lhe concedendo este dom que vem das Sagradas Escrituras.
Att. Márcio de Sá