domingo, 27 de abril de 2014

HOMOSSEXUALIDADE E TRANSEXUALIDIADE – NÃO UMA QUESTÃO DE PRECONCEITO, MAS DE PRECEITO.


            Desde quando se tem notícia da existência da homossexualidade? Qual é a causa ou as causas dela? È uma doença? É possível reverter?
            Segundo Aurélio, homossexual é um Adjetivo de dois gêneros, que significa:
1 – Relativo à afinidade, atração e/ou comportamento sexuais entre indivíduos do mesmo sexo.
2 – Que tem essa afinidade e esse comportamento. 
Substantivo feminino. 
1 – Caráter de homossexual; homossexualismo, inversão. [Antôn: heterossexualidade.]
Inversão.
Substantivo feminino. 
1. Ato ou efeito de inverter (-se); contraversão.
2. Econ. V. investimento (2 a 4).

Visão histórica e bíblica:

            Muito antes da Lei, a história antiga, através da arte, faz menções sobre o homossexualismo.
Homossexualidade, também chamada de homossexualismo (do grego antigo ὁμός (homos), igual + latim sexus = sexo), refere-se à característica ou qualidade de um ser (humano ou não) que sente atração física, estética e/ou emocional por outro ser do mesmo sexo ou gênero. Enquanto orientação sexual, a homossexualidade se refere a "um padrão duradouro de experiências sexuais, afetivas e românticas" principalmente ou exclusivamente entre pessoas do mesmo sexo; “também se refere a um indivíduo com senso de identidade pessoal e social com base nessas atrações, manifestando comportamentos e aderindo a uma comunidade de pessoas que compartilham da mesma orientação sexual”.
Nessa escultura antiga, um monge hindu acaricia o pênis de um leigo, do Templo de Visvanatha, Khajuraho, naÍndia Central, século X d.C.




A homossexualidade é uma das quatro principais categorias de orientação sexual, juntamente com a bissexualidade, a heterossexualidade e a assexualidade, além de também ser registrada em cerca de cinco mil espécies animais (sendo bem estudada e devidamente comprovada em cerca de 500 delas), incluindo minorias significativas em seres tão diversos quanto mamíferos, aves e platelmintos. A prevalência da homossexualidade entre os humanos é difícil de determinar com precisão; na sociedade ocidental moderna, os principais estudos indicam uma prevalência de 2% a 13% de indivíduos homossexuais na população, enquanto outros estudos sugerem que aproximadamente 22% da população apresente algum grau de tendência homossexual.
 Pintura de Safo, poetiza da Grécia antiga; o fato de ter nascido em Lesbos abriu a possibilidade da criação do termo "lésbica" no século XIX; seus versos de amor também são muitas vezes endereços a outras mulheres. Cópia romana de original grego, século V a.C.


Ao longo da história da humanidade, os aspectos individuais da homossexualidade foram admirados, tolerados ou condenados, de acordo com as normas sexuais vigentes nas diversas culturas e épocas em que ocorreram. Quando admirados, esses aspectos eram entendidos como uma maneira de melhorar a sociedade; quando condenados, eram considerados um pecado ou algum tipo de doença, sendo, em alguns casos, proibidos por lei. Desde meados do século XX a homossexualidade tem sido gradualmente desclassificada como doença e descriminalizada em quase todos os países desenvolvidos e na maioria do mundo ocidental. Entretanto, o estatuto jurídico das relações homossexuais ainda varia muito de país para país. Enquanto em alguns países o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legalizado, em outros, certos comportamentos homossexuais são crimes com penalidades severas, incluindo a pena de morte.
As principais organizações mundiais de saúde, incluindo muitas de psicologia, não mais consideram a homossexualidade um tipo de transtorno psiquiátrico há décadas. Desde 1973, a homossexualidade deixou de ser classificada como tal pela Associação Americana de Psiquiatria. A Associação Americana de Psicologia adotou o mesmo procedimento em 1975, ao deixar de considerar a homossexualidade uma doença. No Brasil, em 1984, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) posicionou-se contra a discriminação e considerou a homossexualidade como algo não prejudicial à sociedade. Em 1985, a ABP foi seguida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), que deixou de considerar a homossexualidade um desvio sexual e, em 1999, estabeleceu regras para a atuação dos psicólogos em relação às questões de orientação sexual, declarando que "a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão" e que os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e/ou cura da homossexualidade. No dia 17 de maio de 1990, a Assembleia-geral da Organização Mundial de Saúde (sigla OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais, a Classificação Internacional de Doenças (sigla CID).
Por fim, em 1991, a Anistia Internacional passou a considerar a discriminação contra homossexuais uma violação aos direitos humanos.
            A bíblia diz sobre homossexualidade e comportamento sexual anormal, o seguinte:
A atividade homossexual é pecado (Gênesis 19:1-13; Levítico 18:22; Romanos 1:26-27; I Coríntios 6:9). Romanos 1:26-27 ensina especificamente que a homossexualidade é resultado de negar e desobedecer a Deus. Quando a pessoa continua em pecado e incredulidade, a Bíblia nos diz que Deus “a abandona” a pecado ainda mais perverso e depravado para mostrar-lhe a futilidade e desesperança da vida longe de Deus. I Coríntios 6:9 proclama que os “transgressores” homossexuais não herdarão o reino de Deus.
Deus não cria a pessoa com desejos homossexuais. A Bíblia nos diz que a pessoa se torna homossexual por causa do pecado (Romanos 1:24-27), e definitivamente por sua própria escolha. A pessoa pode nascer com grande tendência à homossexualidade, da mesma forma como algumas pessoas nascem com tendências à violência e outros pecados. Mas isto não é desculpa para escolher o pecado, cedendo aos próprios desejos pecaminosos. Se uma pessoa nasce com grande tendência à ira, isto faz com que seja certo que, então, ceda a esses desejos? Claro que não! O mesmo é verdade com relação à homossexualidade.
Entretanto, a Bíblia não descreve a homossexualidade como um pecado “maior” do que qualquer outro. Todos os pecados são ofensivos a Deus. A homossexualidade é somente uma das muitas coisas enumeradas em I Coríntios 6:9-10, coisas que vão manter a pessoa afastada do reino de Deus. De acordo com a Bíblia, o perdão de Deus está disponível ao homossexual da mesma forma como está disponível a um adúltero, adorador de ídolos, assassino, ladrão, etc. Deus também promete força para conquistar a vitória sobre o pecado, incluindo homossexualidade, a todos quantos crerem em Jesus Cristo para salvação (I Coríntios 6:11; II Coríntios 5:17).
Cha­maram Ló e lhe disseram: "Onde estão os homens que vieram à sua casa esta noite? Traga-os para nós aqui fora para que tenhamos rela­ções com eles". Ló saiu da casa, fechou a porta atrás de si e lhes disse: “Não, meus amigos”! Não façam essa perversidade!
Gênesis 19:5-7
“Não se deite com um homem como quem se deita com uma mulher; é repugnante”.
Levítico 18:22
“Se um homem se deitar com outro homem como quem se deita com uma mulher, ambos praticaram um ato repugnante”. Terão que ser executados, pois merecem a mor­te.
Levítico 20:13
Quando estavam entretidos, alguns vadios da cidade cercaram a casa. Esmurrando a porta, gritaram para o homem idoso, dono da casa: "Traga para fora o homem que entrou em sua casa para que tenhamos relações com ele!" O dono da casa saiu e lhes disse: “Não sejam tão perversos, meus amigos”. Já que esse homem é meu hóspede, não cometam essa loucura.
Juízes 19:22-23
Porque, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe renderam graças, mas os seus pensamentos tornaram-se fúteis e o coração insensato deles obscureceu-se. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do homem mortal, bem como de pássaros, quadrúpedes e répteis. Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam. Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis.
Romanos 1:21-31
Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. Da mesma forma, os homens também abandonaram as relações naturais com as mulheres e se inflamaram de paixão uns pelos outros. Começaram a cometer atos indecentes, homens com homens, e receberam em si mesmos o castigo merecido pela sua perversão. Além do mais, visto que desprezaram o conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam.
Romanos 1:26-28
Vocês não sabem que os perversos não herdarão o Reino de Deus? Não se deixem enganar: nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem homossexuais passivos ou ativos e, nem ladrões, nem avarentos, nem alcoólatras, nem caluniadores, nem trapaceiros herdarão o Reino de Deus.
1 Coríntios 6:9-10
"Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel. Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do SENHOR teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao SENHOR teu Deus.... Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é... Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação" Dt 23.17; Lv 18:22; 20:13
Em algumas traduções, ao invés de "sodomitas" a expressão usada é "rapazes escandalosos", "rapazes alegres" (daí usar a palavra inglesa "gay" que significa "alegre"), "prostitutos cultuais" ou "prostitutos sagrados" (porque os israelitas tinham incorporado o sexo aos rituais religiosos, como faziam os pagãos) (1 Reis 14.24; 15.12), e os homossexuais são novamente citados no Novo Testamento, em Romanos 1.26,27, tanto com respeito ao homem como à mulher (lésbicas, lesbianismo), prevendo aí um juízo que cairia sobre seus próprios corpos, sem contudo identificar especificamente que juízo seria esse:
"Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro." Rm 1: 26,27

Discutindo o assunto:

            Dentro de minhas convicções não há o que discutir. Biblicamente, qualquer forma de sexualidade senão a hetero e dentro de padrões determinados, ou seja, dentro do casamento, é pecado.
            Entretanto, existem pessoas que ainda querem discutir o indiscutível, criar justificativas infundamentadas para tais práticas.
            Preconceituoso, alguém poderia dizer; não, se somos Cristãos, devemos viver de acordo com os preceitos do Cristianismo, que são bíblicos.
            Deus não rejeita o homossexual, pelo contrário, Ele convida a todos os pecadores ao arrependimento (mudança de hábito) para a salvação. Deus ama o pecador, mas repudia o pecado. Cristo padeceu na cruz para remissão dos pecados de muitos, não de todos, isto porque nem todos estão dispostos a sacrificar as paixões carnais, entregando a Deus a direção de suas vidas.
            A ciência, entretanto, tenta encontrar uma explicação cientifica para a homossexualidade, não só humana, mas em todas as espécies de vida existentes na terra.
            Se fosse algo absolutamente natural, havendo oposição apenas de natureza religiosa, essa discussão poderia ter grande fortalecimento, porem, a própria ciência, ao estudar esse assunto, dá-nos entender que há necessidade de uma explicação e isto é sinal que a homossexualidade não é normal, nem natural, por isto estudam o assunto.

Palavra da Ciência: Homossexualismo tem como causas: genética e influência da testosterona – opinião: EL PAÍS

A razão para existirem gays ou lésbicas continua a intrigar os cientistas. A suspeita, agora, está sobre a epigenética. É o que garantem pesquisadores do Instituto Nacional de Síntese Matemática e Biológica da Universidade da Califórnia, que desenvolveram a tese.
Epigenética é o conjunto de fatores que faz com que alguns genes se expressem ou não. Imagine que cada célula é uma unidade de uma fábrica de automóveis. As instruções de tudo o que é produzido na instalação ficam no mesmo computador (o núcleo da célula). Se não houvesse controle, a fábrica estaria saturada, cheio de veículos do mesmo tipo. A epigenética, de algum modo, é o conjunto de instruções que faz com que uma célula produza proteínas adequadas.
O fato de que tais orientações sexuais ocorram em praticamente todas as culturas e têm persistido ao longo do tempo, apesar das perseguições e obstáculos, levou à sugestão de que há uma causa biológica. Várias abordagens têm procurado explicações na forma e no tamanho do cérebro, mas o órgão, apesar da sua complexidade, é adaptável e sofre alterações. A questão sempre foi, portanto, se as diferenças eram causas biológicas ou ambientais.
A revolução genética da última década, e o fato de que é possível encontrar vários casos de homossexuais (gays e lésbicas) em uma mesma família, levou cientistas a acreditarem que havia uma causa genética. Estudos, porém, feitos com gêmeos que compartilham o DNA e também têm geralmente a mesma educação foram inconclusivos. De acordo com tal explicação, se um irmão era gay, seu irmão devia ser geneticamente idêntico, mas isso não aconteceu.
Uma terceira teoria fala da exposição a certos hormônios durante a gravidez. Segundo ela, os fetos (especificamente, o cérebro) do sexo masculino (cromossomos XY sexuais) expostos a menos testosterona eram gays, e que os do feminino (XX) expostos a mais testosterona tendiam a resultar em lésbicas.
A última explicação sugerida, com base na epigenética, recolhe, de alguma forma, um pouco de cada teoria. Usa a ideia de exposição do cérebro à testosterona, mas avalia a variabilidade epigenética em embriões diferentes.
Durante uma reprodução, pai e mãe passam para filho todas as instruções (olho, pé, cérebro, pênis, vagina). É a ativação correta de cada um desses fatores que determina a um óvulo fertilizado que gere um ser humano (que irá produz sangue, dedos, coração, unha). Os pesquisadores descobriram, porém, que um grupo dessas instruções, que são aqueles que regulam a resposta à testosterona, pode ser herdado.
Desta maneira, um feto masculino que herda a instrução de ser sensível à queda de testosterona pode ser tornar gay e, por outro lado, se um feto feminino herda a instrução a ser muito sensível ao excesso de testosterona, pode gerar uma lésbica. A resposta herdada, chamada pelos pesquisadores de epimarca, é o “mecanismo considerado mais plausível para explicar a homossexualidade humana", conclui Sergey Gavrilets, um dos autores da tese.
Os autores não descartam a hipótese de que outros fatores podem influenciar as epimarcas e a consequente homossexualidade. Isso deixa aberta a porta para as questões ambientais (que também alteram a epigenética) e emocionais, que explicam a variabilidade do comportamento humano e as relações (como o caso dos bissexuais).
           
Com a palavra o Doutor Dráuzio Varella:
Causas da homossexualidade

Existe gente que acha que os homossexuais já nascem assim. Outros, ao contrário, dizem que a conjunção do ambiente social com a figura dominadora do genitor do sexo oposto é que são decisivos na expressão da homossexualidade masculina ou feminina.
Como separar o patrimônio genético herdado involuntariamente de nossos antepassados da influência do meio foi uma discussão que monopolizou o estudo do comportamento humano durante pelo menos dois terços do século XX.
Os defensores da origem genética da homossexualidade usam como argumento os trabalhos que encontraram concentração mais alta de homossexuais em determinadas famílias e os que mostraram maior prevalência de homossexualidade em irmãos gêmeos univitelinos criados por famílias diferentes sem nenhum contato pessoal.
Mais tarde, com os avanços dos métodos de neuro-imagem, alguns autores procuraram diferenças na morfologia do cérebro que explicassem o comportamento homossexual.
Os que defendem a influência do meio têm ojeriza aos argumentos genéticos. Para eles, o comportamento humano é de tal complexidade que fica ridículo limitá-lo à bioquímica da expressão de meia dúzia de genes. Como negar que a figura excessivamente protetora da mãe, aliada à do pai pusilânime, seja comum a muitos homens homossexuais? Ou que uma ligação forte com o pai tenha influência na definição da sexualidade da filha?
Sinceramente, acho essa discussão antiquada. Tão inútil insistirmos nela como discutir se a música que escutamos ao longe vem do piano ou do pianista.
A propriedade mais importante do sistema nervoso central é sua plasticidade. De nossos pais herdamos o formato da rede de neurônios que trouxemos ao mundo. No decorrer da vida, entretanto, os sucessivos impactos do ambiente provocaram tamanha alteração plástica na arquitetura dessa rede primitiva que ela se tornou absolutamente irreconhecível e original.
Cada indivíduo é um experimento único da natureza porque resulta da interação entre uma arquitetura de circuitos neuronais geneticamente herdadas e a experiência de vida. Ainda que existam irmãos geneticamente iguais, jamais poderemos evitar as diferenças dos estímulos que moldarão a estrutura microscópica de seus sistemas nervosos. Da mesma forma, mesmo que o oposto fosse possível - garantirmos estímulos ambientais idênticos para dois recém-nascidos diferentes - nunca obteríamos duas pessoas iguais por causa das diferenças na constituição de sua circuitaria de neurônios. Por isso, é impossível existirem dois habitantes na Terra com a mesma forma de agir e de pensar.
Se taparmos o olho esquerdo de um recém-nascido por 30 dias, a visão daquele olho jamais se desenvolverá em sua plenitude. Estimulado pela luz, o olho direito enxergará normalmente, mas o esquerdo não. Ao nascerem, os neurônios das duas retinas eram idênticos, porém os que permaneceram no escuro perderam a oportunidade de ser ativados no momento crucial. Tem sentido, nesse caso, perguntar o que é mais importante para a visão: os neurônios ou a incidência da luz na retina?
Em matéria de comportamento, o resultado do impacto da experiência pessoal sobre os eventos genéticos, embora seja mais complexo e imprevisível, é regido por interações semelhantes. No caso da sexualidade, para voltar ao tema, uma mulher com desejo sexual por outras pode muito bem se casar e até ser fiel a um homem, mas jamais deixará de se interessar por mulheres. Quantos homens casados vivem experiências homossexuais fora do casamento? Teoricamente, cada um de nós tem discernimento para escolher o comportamento pessoal mais adequado socialmente, mas não há quem consiga esconder de si próprio suas preferências sexuais.
Até onde a memória alcança, sempre existiram maiorias de mulheres e homens heterossexuais e uma minoria de homossexuais. O espectro da sexualidade humana é amplo e de alta complexidade, no entanto; vai dos heterossexuais empedernidos aos que não têm o mínimo interesse pelo sexo oposto. Entre os dois extremos, em gradações variadas entre a hetero e a homossexualidade, oscilam os menos ortodoxos.
Como o presente não nos faz crer que essa ordem natural vá se modificar, por que é tão difícil aceitarmos a riqueza da biodiversidade sexual de nossa espécie? Por que insistirmos no preconceito contra um fato biológico inerente à condição humana?
Em contraposição ao comportamento adotado em sociedade, a sexualidade humana não é questão de opção individual, como muitos gostariam que fosse ela simplesmente se impõe a cada um de nós. Simplesmente, é!

A imposição sexual

Desejos sexuais percorrem circuitos de neurônios que fogem do controle consciente.
Nos anos 1960, época em que os homossexuais ousaram emergir das sombras nos grandes centros urbanos, os estudiosos, surpresos com tantos homens e mulheres que assumiam a homossexualidade publicamente, imaginavam que a questão teria caráter puramente comportamental. O termo "orientação sexual" se tornou tão generalizado que se infiltrou nos textos médicos, nos livros de psicologia e acabou aceito com orgulho pela própria cultura gay.
Essa visão, no entanto, jamais explicou a existência da homossexualidade em todas as culturas conhecidas, nem a precocidade de sua instalação definitiva em meninos e meninas muito antes do que costumamos chamar de idade da razão, nem o fato de que a maioria da população é heterossexual sem ter sequer cogitado a opção contrária.
Insatisfeitos com essa interpretação comportamental e entusiasmados com os avanços obtidos pelo Projeto Genoma a partir dos anos 1990, os geneticistas têm procurado identificar a influência dos genes envolvidos na orientação sexual.
Em 2005, o debate dos genes versus ambiente ganhou dimensões inesperadas com a publicação na revista "Cell" de uma pesquisa impecavelmente conduzida na Academia Austríaca de Ciências, com drosófilas, as mosquinhas que sobrevoam bananas maduras, modelos de tantos estudos genéticos.
Há vários anos foi descrita nas drosófilas a existência de um gene-mestre (fru), capaz de orquestrar um grupo de genes encarregado de coordenar um circuito de 60 neurônios, responsável pela condução dos estímulos sexuais masculinos ou femininos. Basta lesar um desses neurônios para que o inseto não consiga se acasalar adequadamente.
O ato sexual nas drosófilas obedece a um ritual bem conhecido: quando se aproxima da fêmea, o macho encosta a perna na dela, toca uma música com as asas para enternecê-la, lambe o sexo da fêmea quando a música termina e, somente depois, copula com ela durante 20 minutos, rigorosamente.
No trabalho citado, os austríacos transplantaram a versão masculina do gene fru das drosófilas machos para um grupo de fêmeas. E, num experimento paralelo, a versão feminina do mesmo gene para um grupo de machos.
Para espanto geral, as fêmeas que receberam a versão masculina de fru, quando levadas à presença de outra fêmea, adotavam o ritual masculino: tocavam a perna da outra, usavam as asas para a música sedutora e tudo mais. Quando colocadas em ambientes com moscas de ambos os sexos, elas perseguiam sexualmente outras fêmeas sem dar a mínima para o sexo oposto.
Ao contrário, quando a versão feminina de fru foi transplantada para os machos, eles se tornaram mais passivos, desinteressados pelas fêmeas e atraídos por outros machos.
No final os autores concluíram: "Os dados mostram que comportamentos instintivos podem ser especificados por programas genéticos da mesma forma que o desenvolvimento morfológico de um órgão ou de um nariz".
Há muito sabemos que comportamentos complexos em homens e outros animais costumam acontecer sob a influência direta ou indireta de diversos genes. Geralmente são tantos que nos referimos a eles como "constelações de genes". Por isso, a pesquisa dos austríacos causou comoção nos meios científicos e na imprensa leiga (foi matéria de primeira página no jornal Folha de São Paulo e do "New York Times", por exemplo).
Gero Miesenboeck, professor de biologia celular em Yale, comentou os achados com as seguintes palavras: "Essa é uma demonstração soberba. Pela primeira vez fica demonstrado que um único gene é capaz de controlar um comportamento de alta complexidade. É intrigante a possibilidade de que outra característica comportamental como reagir com violência às frustrações, fugir quando assustado ou rir quando alegre, podem estar programadas nos cérebros humanos como produtos da herança genética".
Embora não haja certeza de que em mulheres e homens exista um gene equivalente ao gene fru da drosófila, é preciso lembrar que a genética humana sempre se valeu das drosófilas para elucidar nossos mecanismos básicos.
É muito provável que o comportamento sexual esteja sob o comando do que chamamos de programa genético aberto.
Programas abertos são aqueles em que o catálogo de instruções impresso no DNA admite, dentro de certos limites, a inclusão de informações colhidas por aprendizado, condicionamento ou outras experiências. Por exemplo, se vedarmos o olho esquerdo de uma criança ao nascer, ao retirarmos a venda três meses mais tarde ela terá perdido definitivamente a visão desse olho, embora enxergue normalmente com o outro. O programa genético responsável pela distribuição dos neurônios da retina no cérebro precisa interagir com a luz para incorporar as informações necessárias ao desenvolvimento pleno da visão.
Na biologia moderna, o espaço para o velho debate genes versus ambiente está cada vez mais exíguo. O homem é resultado de uma interação complexa entre o programa genético contido no óvulo fecundado e o impacto que a experiência exerce sobre ele. Como disse o mestre Ernst Mayr, um dos grandes biólogos do século passado: "Não existe atividade, movimento ou comportamento que não seja influenciado por um programa genético".
Considerar a orientação sexual mera questão de escolha do indivíduo é desconhecer a natureza humana.

Maior parte dos brasileiros se incomoda em ver dois homens ou mulheres se beijando

Pesquisa do IPEA divulgada nesta quinta-feira mostra que 59% dos entrevistados sentem desconforto ao ver a cena.
27 de março de 2014 | 15h 15
Notícia
Lígia Formenti, Marina Azeredo e Victor Vieira - O Estado de S. Paulo.
Apesar dos avanços no reconhecimento dos direitos homo afetivos nos últimos anos, a resistência aos gays no Brasil persiste. É o que revelam, para especialistas, os resultados da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgada nesta quinta-feira, 27. O levantamento mostrou que 59% dos entrevistados ficam desconfortáveis ao ver um beijo entre dois homens ou entre duas mulheres. Metade concorda que casais gays devem ter direitos iguais aos parceiros heterossexuais.
O levantamento identificou, no entanto, um avanço na aceitação do princípio da igualdade dos direitos. Metade dos entrevistados concorda com a afirmação de que casais de pessoas do mesmo sexo devem ter direitos de casais heterossexuais.
Pesquisadores do IPEA identificaram que os resultados não foram uniformes. Jovens, por exemplo, mostraram ser mais tolerantes em relação à homossexualidade do que os mais velhos.
Direitos. Segundo a presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-SP, Adriana Galvão, o entendimento favorável do Judiciário em relação à união civil gay tem contribuído na aceitação sobre o assunto. Em 2011 o Supremo Tribunal Federal reconheceu que pessoas do mesmo sexo que vivem juntas têm os mesmo direitos que um casal heterossexual. "Depois as corregedorias estaduais e o Conselho Nacional de Justiça reforçaram essa interpretação", destaca.
O problema, segundo Adriana, é que boa parte da sociedade confunde as crenças e valores morais com a legitimidade de direitos. "Infelizmente, no Brasil, o casamento está muito ligado a questões religiosas. Isso faz com que a resistência aos novos formatos de família persista", avalia. "Cada um é livre para ter sua religião, mas deve respeitar o direito do outro", defende.
Na pele. Vítima do preconceito nas ruas, o recepcionista Caio Henrique Ramos, de 24 anos, relata diversas situações difíceis por ser homossexual. "Uma vez, na Consolação com a Paulista (região central de São Paulo), um skinhead falou que ia amassar a minha cara. Tive que entrar num táxi para não apanhar", lembra.
O jovem afirma ainda que andar de mãos dadas com um namorado é impossível em alguns lugares da cidade. "Na região do centro e da Paulista até dá, mas na periferia é como se fosse proibido. Todo mundo olha estranho. Como sou um pouco esquentado, evito em alguns bairros", conta Ramos.

Comentário:

            Conforme vimos nas opiniões científicas, há vários pontos que não poderíamos chamar de divergentes, mas que uma ideia completa a outra e as duas necessitam de mais avanços em termos de estudos, mais o fato é que a homossexualidade, já que sua explicação mobiliza estudos científicos, não é um acontecimento natural.
            Se alguém nasce com características homossexuais, pode ser um acidente genético, como as Síndromes; se faz opção, envolve causas psicológicas, assim também entendido as causas em virtude de violência domestica ou outras formas de violência, todavia na prática, homossexualismo, biblicamente falando, é pecado.
De qualquer forma esses sinais são facilmente perceptíveis. Os pais ou alguém da família percebe algo diferente no comportamento da criança ou adolescente. Nesse momento, é necessária uma tomada de atitude, o que geralmente não ocorre, pois é difícil lidar com uma situação dessas, quando dão fé já é tarde, às vezes aquela criança ou jovem já iniciou a vida homossexual tornando a reversão um processo mais complicado, não impossível, partindo do princípio que o arrependimento (conversão), traz a libertação. Nesse caso, dependerá também da disposição do Gay ou lésbica em colaborar no processo de libertação.
            Quanto aos direitos, é outra questão. Se alguém tem o desejo de tornar outro alguém seu herdeiro ou herdeira, havendo ou não relação afetiva estável ou temporária, é razoável concordar que deva haver mecanismo para que este desejo concretize. É uma conquista que deve ser observada sob a ótica dos direitos civis, ainda que sob o ponto de vista de Cristão, devamos ter o posicionamento de conformidade com os preceitos bíblicos.
            Assim, vale a pena lembrar, que o ser humano tem livre arbítrio para viver a vida que quiser, ainda que o resultado final possa culminar na condenação eterna.

Diversidade Católica

Visitando o site de um grupo de leigos católicos que compreende ser possível viver duas identidades aparentemente antagônicas: ser católico e ser gay, numa ampla acepção deste termo, incluindo toda diversidade sexual (LGBT).
Desejamos fornecer subsídios teológicos e pastorais que ajudem a conciliar estas identidades. Visamos também funcionar como comunidade virtual aglutinadora, proporcionando visibilidade a iniciativas semelhantes.
Sabemos que a proposta do cristianismo é 100% inclusiva – em todos os sentidos possíveis – e jamais excludente. O próprio termo “católico” quer dizer universal.
As ações e palavras de Cristo presentes nos evangelhos deixam bem claro que todos são chamados ao amor divino, independente de qualquer condição.
O chamado ao amor é universal. O que Jesus condena com extrema dureza é a hipocrisia, a discriminação, a soberba de qualquer tipo. Ele está sempre ao lado dos mais excluídos, pobres e marginalizados (na sua época, preceitos religiosos, interpretações humanas da vontade de Deus, excluíam categorias de pessoas consideradas “impuras” para a prática da fé, como leprosos, cobradores de impostos e prostitutas).
O lugar para viver e crescer nesse amor universal é a Igreja, comunidade dos que creem em Cristo. Importante frisar que a palavra Igreja designa todos que vivem a fé cristã: leigos, clero e membros de congregações religiosas.
A condição básica para ser Igreja é vivenciar a fé em Cristo na comunidade, independente da orientação sexual dos fiéis. Quem quer viver de forma digna e bela sua orientação homossexual, sendo ou não celibatário, pode contar com os auxílios da graça de Deus.
O Diversidade Católica formou-se em julho de 2006, no Rio de Janeiro. Nossa postura é de comunhão com a Igreja. Seguimos na prática de Jesus e estendemos o convite de amor inclusivo a todos que parecem estar de fora. Preferimos, por enquanto, não publicar nossos nomes no site. Foi o que encontramos! Tire suas conclusões!

Vejamos as respostas de um padre sobre o assunto

Luís Corrêa Lima: Para conhecer o plano de Deus, precisamos ouvir a linguagem da criação. Conforme o papa, a fé no criador leva ao dever de escutar essa linguagem. Na natureza, a homossexualidade já foi documentada em mais de 450 espécies animais, e no ser humano existe em todas as culturas conhecidas. Buscar no pecado original a origem da homossexualidade é um erro.

A homossexualidade é pecado?

LCL: A condição homossexual em si nunca é pecado, porque não se trata de uma escolha livre da pessoa. Com relação ao comportamento ou às escolhas, aí sim entra a liberdade.


E que comportamento deve ter um cristão homossexual?

LCL: Todo ser humano é, antes de tudo, chamado a amar e ser amado. O Concílio Vaticano II ensina que a consciência é o sacrário onde Deus se manifesta, e ninguém deve agir contra sua própria consciência nem ser impedido de agir de acordo com ela. As pessoas adultas muitas vezes devem tomar decisões em situações complexas, onde as normas da sociedade e as instituições não preveem de maneira adequada todas as circunstâncias. O cristão adulto deve ser adulto também na sua fé, colocando-se diante de Deus e da sua consciência.


Por que a hierarquia da Igreja condena a homossexualidade?

LCL: A Igreja tem seus alicerces na milenar tradição judaica cristã, mas está espalhada pelo mundo, vivendo na cultura moderna. No judaísmo antigo, acreditava-se que o homem e a mulher haviam sido criados um para o outro, para se unirem e procriarem, e o homo erotismo era considerado uma abominação. Israel devia se distinguir de outras nações de várias maneiras, entre elas, proibindo-o. O cristianismo herdou essa visão antropológica com sua interdição. A Doutrina da Igreja corresponde a uma longa sedimentação, de muitos séculos. O consenso sobre a compreensão da Bíblia e da chamada lei natural não é imutável, mas não muda rapidamente.


Costuma-se dizer que a Bíblia condena a homossexualidade. É verdade?

LCL: A Bíblia expressa a fé do antigo povo de Israel e das primeiras gerações cristãs. Nesta expressão, a palavra de Deus está presente. A Revelação divina se encarna na linguagem e nas categorias humanas e tem um enraizamento sociocultural, mas não deve ser confundida com ele. Na Bíblia, há uma cosmologia na qual o mundo foi criado em seis dias e a Terra surgiu antes do Sol e das estrelas. Há uma antropologia na qual o homem vem do barro e a mulher vem da costela do homem. E nessa antropologia também se proibia a união entre dois homens e entre duas mulheres. Não se deve seguir tudo ao pé da letra, como se hoje fosse necessário entender assim. Na Bíblia, não há respostas para todas as nossas perguntas.

O Levítico diz: “Não te deitarás com homem como se fosse mulher, é abominação”, mas também diz que é “abominação” comer animais do mar ou do rio sem barbatanas ou escamas. Por que a Igreja condena a homossexualidade, mas não a ingestão de mariscos?

LCL: Esta parte do Levítico trata do código de santidade, que regulamenta o culto de Israel e estabelece as diferenças que deve haver entre este povo e os demais. Quando o cristianismo se expandiu entre os povos não judeus, este código deixou de ser normativo. No entanto, como a proibição do homo erotismo permaneceu, estes versículos continuam sendo citados. Sem dúvida, é uma leitura retrospectiva e seletiva.

Como você interpreta a expressão “contra natura” presente na Epístola de São Paulo e indicada como referência à homossexualidade?

LCL: A carta de São Paulo aos Romanos contém uma refutação do politeísmo. Os pagãos não adoravam um deus único e, como permitiam o homo erotismo, que era abominável para os judeus, isto era visto como castigo divino pela prática religiosa equivocada. No contexto judaico-cristão da antiguidade, este argumento era compreensível, mas não deve ser usado hoje para indivíduos constitutivamente gays, para quem a orientação sexual não tem nada a ver com a crença em um ou em vários deuses.

Alguns defendem que a relação entre Davi e Jônatas, assim como a de Rute e Noemi, era homossexual. Diz a Bíblia que Davi e Jônatas “beijaram-se um ao outro” e em uma passagem Davi diz a Jônatas: “Teu amor foi para mim mais maravilhoso que o amor das mulheres”. Qual a sua opinião?

LCL: Nós lemos isso hoje e podemos pensar em homossexualidade. Mas para os primeiros leitores judeus da antiguidade, observantes da Lei de Moisés, isso era inadmissível. De qualquer maneira, um texto pode ultrapassar sua época e contexto e ser lido em outro horizonte de interpretação, gerando novos sentidos em novos leitores.


É possível ser homossexual e católico ao mesmo tempo?

LCL: Sim. A Igreja nasceu rompendo as fronteiras do judaísmo no primeiro século, incorporando multidões de povos que não eram circuncidados. Hoje, pode-se também conceber uma identidade simultaneamente gay e cristã, estimulando as comunidades locais a acolher as diversidades.

Na página da agência católica ACI, as notas mais destacadas são declarações contra o matrimônio gay. Por que tanta obsessão contra os homossexuais?

LCL: Certa vez, o papa Bento XVI disse que o cristianismo “não é um conjunto de proibições, mas uma opção positiva”. Essa consciência hoje desapareceu quase completamente. Há no cristianismo uma tradição de séculos de proibição, medo e culpa. Convém retornar às nossas origens. A palavra evangelho quer dizer “boa notícia” e, para os cristãos, é o amor de Deus e sua salvação, revelados em Jesus Cristo. Hoje é necessário focar a dimensão positiva e alegre da mensagem cristã.

Segundo Boswell, a Igreja nem sempre condenou a homossexualidade e chegou a celebrar casamentos homossexuais no passado. É verdade?

LCL: A história da Igreja é vastíssim; abrange um terço da humanidade por vinte séculos. Boswell é bastante documentado e é provável que o que diz tenha acontecido, mas estas práticas não se tornaram hegemônicas. No entanto, podem ajudar a pensar esta questão no presente e no futuro.

Acredita que chegará o dia em que a Igreja Católica aceite casar homossexuais, como fazem algumas igrejas protestantes?

LCL: O futuro é imprevisível, mas a Igreja Católica sempre está inserida num contexto mais amplo, que é a sociedade. Quando a sociedade muda, a Igreja acaba mudando. A modernidade vem desencadeando grandes mudanças na Igreja nos últimos séculos, e esse processo continua.

Suponhamos, num exercício de ficção, que essa mudança ocorresse. Como padre, gostaria de casar um casal gay?

LCL: Se a Igreja algum dia aceitar, eu não vou recusar.

Você coordena um grupo de pesquisa sobre homossexualidade e religião na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Como surgiu e que trabalho realiza?

LCL: Meu interesse pelo tema nasceu do meu trabalho como sacerdote, encontrando pessoas nascidas e criadas na Igreja que se descobriam gays e viviam conflitos. O foco do projeto é a complexa relação entre religião e homossexualidade, e suas repercussões no espaço público e no exercício da cidadania. Temos grupos de estudo, trabalhos e teses concluídas ou em andamento, publicações e atividades dentro da agenda universitária.

Alguma vez se sentiu pressionado pela hierarquia da Igreja para não se manifestar sobre estes assuntos?

LCL: A Companhia de Jesus realiza um trabalho apostólico de fronteira, nas encruzilhadas ideológicas onde há conflito entre as aspirações humanas legítimas e a mensagem evangélica. Isto inclui fazer pontes com os que estão fora da igreja e têm dificuldades com suas posições. Como jesuíta, sinto-me muito comprometido com este trabalho. Mas como membro da Igreja, eu não posso ignorar minha pertença e certas tradições. É um equilíbrio delicado, e eu trato de ser cuidadoso para evitar problemas maiores.

Fonte: Critica de La Argentina, entrevista a Bruno Bimbi, 11/15/2009.


Libertação – é possível reverter a situação

Estudo garante: É possível reverter o homossexualismo!
A mudança é possível para os homossexuais? Tentando responder esta questão, um estudo publicado em um jornal científico pela primeira vez em uma década, mostra que mudar a orientação sexual é possível.
The Journal of Sex and Marital Therapy contém os resultados finais de um estudo longitudinal de indivíduos que buscam mudar a orientação sexual através de ministérios cristãos associados com a Exodus International, conforme foi divulgado pela Religion News Service quarta-feira.
Os Psicólogos Stanton L. Jones (Wheaton College, IL) e Mark A. Yarhouse (Regent University) fizeram uma pesquisa com 98 pessoas que procuvam mudar a orientação sexual. Níveis de evolução de atrações sexuais e distúrbios psíquicos foram avaliados no início do processo de mudança e cinco vezes em um período total de 6-7 anos.
Dos 98 indivíduos, 61 foram classificados com sucesso para o resultado geral da última avaliação. O estudo descobriu que 53% foram classificados como bons resultados. Desses, 23% relataram o sucesso dos resultados na forma de conversão bem-sucedida à orientação heterossexual e 30% relataram a castidade de comportamento estável, sem identificação com a orientação homossexual. Quase no final, na marca de seis anos, 20% relataram adotar totalmente a identidade gay.
Segundo o comunicado, os resultados mostram mudanças estatisticamente significativas, em média, da diminuição da orientação homossexual. As descobertas provam que a mudança na orientação sexual é possível.
Os autores incitam o cuidado em projetar as taxas de sucesso a partir destes resultados, que são susceptíveis estimativas excessivamente otimistas do sucesso antecipado e apontam que a conversão para adaptação heterossexual foi um fenômeno complexo.
Segundo o Dr. Stanton Jones, "quanto mais rigoroso você ficar, mais longe você fica da vida real" e "todas as metodologias têm desvantagens", segundo relatado pelo CitizenLink. "Seguimos mais um modelo da vida real do que um modelo hiper-experimental controlado", acrescentou ele, segundo a mesma publicação.

Jones respondeu àqueles, incluindo a American Psychological Association (APA), que disseram que a orientação sexual não pode ser mudada, dizendo que não existe para ele nenhuma pesquisa nesse sentido, e ele quer trazer à tona que a mudança é possível. "Acreditamos que os resultados desafiam a mentalidade reinante de que a mudança é impossível ou é extraordinariamente rara". "Nós estávamos tentando resolver a questão básica ‘a mudança é possível? ’ o fato de que alguém mudou é o que resultou deste estudo", disse ele.
Fortes convicções sobre o comportamento moral dos sujeitos, que eram todos Cristãos, descobriu ele, desempenhou um papel fundamental na mudança de orientação bem sucedida.

Fonte: Christian Post

Um ex-transexual peruano que se converteu ao Evangelho e abandonou a homossexualidade tem dado testemunhos da sua mudança de vida e protagonizado uma batalha em busca de recuperar sua identidade masculina.
Fernando Ñaupari Buendía fez a cirurgia de mudança de sexo há 25 anos, adotou uma nova identidade passando a se chamar Claudia Maria, e casou-se com um francês, obtendo cidadania europeia. Entretanto, onze anos depois, ao ser evangelizado e optou por abandonar a vida de homossexualidade: “Me falaram a Palavra de Deus e veio uma mudança em minha vida”, afirmou numa entrevista ao Canal N.
“Nunca imaginei um dia estar vestido de homem, porque nunca passou pela minha cabeça, que um dia optaria por voltar a ser homem“, declarou Fernando.
Quando se converteu, Fernando Ñaupari Buendía pediu o divórcio de seu antigo companheiro e iniciou os procedimentos para voltar a usar o nome de batismo. Na França, a burocracia foi menor, porém, em sua terra natal, o Peru, a luta continua.
“Não consigo entender o porquê os homens que mudam de sexo no Peru conseguem rapidamente um nome de mulher. Não estou reivindicando outro nome, estou reivindicando o nome com o qual fui registrado em minha certidão de nascimento“, disse.
O drama de Fernando é acompanhado de perto pelo parlamentar Júlio Rosas, que tem oferecido assistência e ajuda para que o ex-transexual tenha “direito a uma identidade e à reorientação sexual”. Segundo Rosas, Fernando “terá que fazer todo um processo judicial e o doutor Roberto Miranda vai levar o caso a fim de que o senhor Ñaupari possa obter sua identidade original de homem“, disse ele, mencionando o advogado do caso.

TESTEMUNHO:


Antes ele era assim:





Hoje ele é assim, missionário Sandro








   Para quem não acredita ou insiste em não acreditar eis aqui um milagre do Deus transformador. Aleluias, glórias sejam dadas ao nosso Deus! Amém!

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