A compreensão cristã é que o Amor vem de
Deus, porque o amor é uma virtude teologal. O amor do homem e da mulher (Eros
em grego), bem como o amor altruísta dos outros (ágape), são frequentemente
contrastadas como um amor "ascendente" e "descendente",
respectivamente. Mas, estes dois tipos de amor são, em última instância, a
mesma coisa.
Muitos teólogos cristãos vê Deus como fonte
de amor, que é espelhado no ser humano e os seus próprios relacionamentos
amorosos. C. S. Lewis, influente teólogo anglicano, escreveu vários livros
sobre o amor, nomeadamente o The Four Loves. O próprio Papa Bento XVI, na sua
encíclica Deus Caritas Est (ou seja, Deus é Amor), também pretendeu refletir
sobre o amor divino para com o ser humano e a relação entre o ágape e o Eros. Há
várias palavras gregas para o Amor que são regularmente referidas nos círculos
cristãos:
Ágape -
No Novo Testamento, ágape é caridade e amor altruísta e incondicional. É amor
paternal e a maneira que Deus ama a humanidade, visto logo na criação do mundo.
Por isso, é visto pelos cristãos como o tipo de amor que os homens têm de
aspirar a um ou outro.
Phileo -
Também usados no Novo Testamento, Phileo é uma resposta humana a algo que é bom
e delicioso. Também conhecida como "amor fraternal".
Duas outras palavras de amor no idioma grego
- Eros (amor sexual e amor conjugal) e storge (amor entre a criança e a mãe)
nunca foram utilizados no Novo Testamento.
Nós os cristãos acreditam que Jesus mandou-nos
a: Amar a Deus com todo o teu coração, mente e força e amar ao teu próximo como
a ti mesmo. Marcos 12-31 3. Estes dois mandamentos são dos mais importantes do Thorah
e da própria vida cristã (cf Evangelho de Marcos capítulo 12, versículos 28-34).
Agostinho resumiu isso quando ele escreveu "Ame a Deus, e faça como tu
queres".
Descrevendo o amor na sua primeira epístola
aos Coríntios, São Paulo glorifica o amor como a mais importante virtude e
força, declarando que "agora permanecem [...] a fé, a esperança e o amor;
mas a maior de todas é o amor" (1 Cor 13:13 3 ). Ele escreveu ainda nesta
epístola que: O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é
arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio
interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a
injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa tudo crê, tudo espera,
tudo suporta. O amor jamais passará. 1 Cor 13:4-8 3
O Apóstolo João escreveu: Caríssimos,
amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu
de Deus e chega ao conhecimento de Deus. Aquele que não ama não chegou a
conhecer Deus, pois Deus é amor. E o amor de Deus manifestou-se desta forma no
meio de nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para que, por Ele,
tenhamos a vida. É nisto que está o amor: não fomos nós que amámos a Deus, mas
foi Ele mesmo que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de expiação pelos
nossos pecados. Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós devemos amar-nos
uns aos outros. — 1 João 4:7-11 3.
Na mesma linha de pensamento, João escreveu
ainda que: Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a
fim de que todo o que crê nele não se perca, mas tenha a vida eterna. De fato,
Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o
mundo seja salvo por Ele. João 3:16-18 3. Agostinho diz que é preciso ser capaz
de decifrar a diferença entre amor e luxúria. Luxúria, de acordo com Agostinho,
são um grande vício e pecado, mas amar e ser amado são o que devemos a sua
vida. Ele mesmo diz: "eu estava no amor com amor." Finalmente, ele
faz cair no amor e é amada de volta, por Deus. Santo Agostinho diz que a única
pessoa que pode te amar verdadeiramente e plenamente é Deus, porque o amor dos
homens tem muitas falhas, tais como "ciúme, desconfiança, medo, raiva e
discórdia." De acordo com este santo, Deus é amor "para alcançar a
paz, que é a sua." (do livro "As Confissões de Santo Agostinho").
Por esta razão, a sexualidade (e o sexo), que "é fonte de alegria e de prazer", não exerce só a função de procriar, mas também um papel importante na vida íntima conjugal. A relação sexual conjugal é considerada como a grande expressão "humana e totalmente humanizada" do Amor idealizado pela Igreja, onde o homem e a mulher se unem e se complementam reciprocamente. Todo este amor conjugal proposto pela Igreja requer fidelidade, "permanência e compromisso", que só pode ser autenticamente vivido "no seio dos laços do Matrimónio" e na fidelidade do casal.
Veja o vídeo a seguir, na voz do Cid Moreira, que define a importancia do amor sentimento, o qual deve ser aplicável em todas as áreas de nossa vida.
Agora, encontramos um ponto de
partida para definirmos o AMOR, falando no próximo estudo daquilo que
destacamos acima, ou seja: amor agape e Phileo.
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