E eu e você, que Jesus queremos
encontrar? Um Rei que nos oriente politicamente e um libertador que nos tire
das garras da violência que hoje impera nos dando uma vida próspera e feliz ou
um orientador espiritual que nos liberte do mundo e das garras do pecado?
O terceiro ofício de Jesus é o de rei. Desde
o início da monarquia em Israel, os reis eram ungidos. Depois da rejeição de
Saul, Deus mandou que Samuel ungisse a Davi e o Senhor prometeu que a
descendência de Davi jamais deixaria o trono de Israel (II Sm. 7:12-17).
12 Quando teus dias forem
completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti
um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei
o seu reino.
13 Este edificará uma casa ao
meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.
14 Eu lhe serei por pai, e ele
me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens,
e com açoites de filhos de homens.
15 Mas a minha benignidade não
se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
16 Porém a tua casa e o teu
reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para
sempre.
17 Conforme a todas estas
palavras, e conforme a toda esta visão, assim falou Natã a Davi.
Esta promessa se cumpre, precisamente, em
Jesus que, segundo a genealogia, era o herdeiro presuntivo da coroa de Judá (Mt.
1:1-17).
Por isto, os judeus, inclusive os apóstolos,
esperavam alguma atitude de Jesus, próprias de um Rei e Libertador. Na época do
ministério terreno de Jesus, os judeus estavam sob o domínio do Império Romano.
Ao nascer, Jesus também foi reconhecido como
rei. Os magos do Oriente viram a estrela no céu e chegaram à conclusão de que o
rei dos judeus havia nascido (Mt. 2:1-12), tendo, então, viajado até Jerusalém
a fim de adorá-lo. Este episódio, aliás, é narrado tão somente por Mateus, cujo
livro tem por objetivo mostrar aos judeus que Jesus é o Messias, o Rei, descendente
de Davi, que devia vir ao mundo (Mt. 1:1).
Mateus 2: 1-12
1 E, TENDO nascido Jesus em
Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a
Jerusalém,
2 Dizendo: Onde está aquele
que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a
adorá-lo.
3 E o rei Herodes, ouvindo
isto, perturbou-se, e toda Jerusalém com ele.
4 E, congregados todos os
príncipes dos sacerdotes, e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de
nascer o Cristo.
5 E eles lhe disseram: Em
Belém de Judéia; porque assim está escrito pelo profeta:
6 E tu, Belém, terra de Judá,
de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá; porque de ti sairá o Guia
que há de apascentar o meu povo de Israel.
7 Então Herodes, chamando
secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a
estrela lhes aparecera.
8 E, enviando-os a Belém,
disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes,
participai-mo, para que também eu vá e o adore.
9 E, tendo eles ouvido o rei,
partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles,
até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
10 E, vendo eles a estrela,
regozijaram-se muito com grande alegria.
11 E, entrando na casa,
acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os
seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.
12 E, sendo por divina
revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes,
partiram para a sua terra por outro caminho.
Jesus disse que havia vindo ao mundo para ser
Rei e o rei, conforme vimos acima, tinha, por primeiro, que ser escolhido por
Deus. Ora, como já vimos, o fato de Jesus ter nascido da descendência de Davi
era a prova de que havia sido escolhido por Deus, há séculos, para ser o
Messias. É interessante observar que, ao contrário de todos os demais reis que
haviam descendido de Davi, Jesus foi o único a nascer na cidade de Davi, ou
seja, Belém (Mt. 2:1), cumprindo-se, assim, a profecia de Miquéias, a respeito
(Mq. 5:2), a confirmar, assim, que ali estava o descendente de Davi por
excelência, Aquele que havia sido prometido a Davi para “tempos distantes”.
Ao ser interpelado pelo povo, Jesus mostrou
que havia vindo para libertá-los do pecado, pois quem pratica o pecado é seu
escravo (João. 8:31-36).
31 Jesus dizia, pois, aos
judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente
sereis meus discípulos;
32 E conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará.
33 Responderam-lhe: Somos
descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis
livres?
34 Respondeu-lhes Jesus: Em
verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do
pecado.
35 Ora o servo não fica para
sempre em casa; o Filho fica para sempre.
36 Se, pois, o Filho vos
libertar, verdadeiramente sereis livres.
A
principal libertação de que carecia Israel era a libertação do pecado. Enquanto
Israel não se libertasse do pecado e passasse a obedecer a Deus de todo o seu
coração, não conquistaria a sua liberdade política tão almejada. Isto tem sido
uma realidade constante no meio do povo judeu e, mesmo após a restauração do
Estado de Israel, em 1948, vemos, no tabuleiro da política internacional, que a
manutenção da existência de Israel como nação independente depende do apoio que
recebe dos Estados Unidos da América, sendo, pois, uma independência precária e
mantida a duras penas, como nos mostram os conflitos no Oriente Médio.
Não há
liberdade sem que haja paz e a libertação prometida por Jesus era a libertação
que concederia paz, o descanso com que Deus havia aquinhoado Israel após as
conquistas obtidas por Davi e que perdurou até o final do reinado de Salomão
(II Sm. 7:1; I Rs.5:4). Jesus traz paz a cada ser humano (Rm. 5:1) e esta paz
interior se transforma em uma paz social, em uma nação de paz.
1
TENDO sido, pois, justificados
pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;
Os judeus pensavam que o Messias viria de
imediato, como um Libertador político, como alguém que os retiraria da
dominação estrangeira, mas Jesus veio para tratar da libertação integral,
libertação esta que se inicia pela libertação do pecado, pelo fim da dominação
do mal sobre a criatura humana. Por isso, Jesus veio estabelecer o reino de Deus
entre os homens.
Mateus 12
28 Mas, se eu expulso os
demônios pelo Espírito de Deus, logo é chegado a vós o reino de Deus.
Lucas 10
9 E curai os enfermos que nela houver, e
dizei-lhes: É chegado a vós o reino de Deus.
Lucas 10
17 E voltaram os setenta com alegria,
dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam.
18 E disse-lhes: Eu via Satanás, como
raio, cair do céu.
19 Eis que vos dou poder para pisar
serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.
20 Mas, não vos alegreis porque se vos
sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos
nos céus.
21 Naquela mesma hora se alegrou Jesus no
Espírito Santo, e disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que
escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste às
criancinhas; assim é, ó Pai, porque assim te aprouve.
A Bíblia nos ensina que sem Jesus o homem
vive aprisionado. Jesus traz libertação verdadeira, pois conhecer a
Verdade/Palavra significa conhecer o próprio Jesus. O Evangelho de João
apresenta Jesus como a Palavra (Jo 1:10-12), logos, no grego, também traduzido
por Verbo e a Verdade.
João 14
6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
O
pecado é que escraviza as pessoas: (Jo 8:33-34). Os judeus contenderam com
Jesus alegando que eram descendentes de Abraão e que por isso não eram escravos
de ninguém. Jesus revela que todos, inclusive os judeus, são escravos do
pecado. Isto quer dizer que todos são pecadores e que não conseguem por si
mesmos deixar de ser – é preciso haver uma intervenção sobrenatural de Deus
através de Jesus (realce o v. 36 Se o Filho vos libertar, verdadeiramente
sereis livres).
Jesus
liberta do poder do diabo: O pecado é desobediência a Deus e que todo pecado
oferece legalidade para ação do diabo.
João 8
42 Disse-lhes, pois, Jesus: Se
Deus fosse o vosso Pai, certamente me amaríeis, pois que eu saí, e vim de Deus;
não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.
43 Por que não entendeis a
minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.
44 Vós tendes por pai ao
diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o
princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele
profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da
mentira.
Leia o
texto e note que há quatro características dos cativos do diabo no ensino de
Jesus: i) Eles não amam Jesus (v. 42); ii) Eles não dão ouvidos às Palavras de
Jesus (v. 43); iii) Eles obedecem aos desejos do diabo (v. 44);) Eles são
mentirosos - apegados à mentira (v. 44).
Podemos
concluir que Jesus liberta. Aleluia! O apóstolo João escreveu em I Jo 3:8, 9
sobre a razão da vinda de Jesus: destruir as obras do diabo (v. 8).
1 João 3
8 Quem comete o pecado é do
diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus se
manifestou: para desfazer as obras do diabo.
9 Qualquer que é nascido de
Deus não comete pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode pecar,
porque é nascido de Deus.
Somente Ele tem este poder, de libertar
alguém do pecado (cf. v. 9). O v. 9 fala da semente divina. Orem e confessem a
fé na Verdade, Jesus, à renúncia ao pecado. Peça a presença do Espírito Santo,
a semente divina. Declare em alto e bom tom: Eu amo Jesus. Creio na Palavra,
recebo a Palavra e vivo na Verdade. Sou liberto pelo poder de Jesus. Sou livre,
porque o Filho de Deus me libertou. Aleluia! O pecado não mais domina minha
vida. O diabo não mais domina a minha vida. Jesus é meu Senhor e Salvador!
Aleluia!
Ainda vem mais por aí. Aguardem!
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