Como enfrenta-lo? Como derrota-lo? Estas
são as duas perguntas que levantamos no inicio desta série de estudos. Se numa
batalha em que estamos vendo o adversário já é dura a batalha, imaginemos
enfrentar um adversário com todas as características atribuídas ao Diabo, sem
poder vê-lo.
Efésios 6: 10-17
10 No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do
seu poder.
11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar
firmes contra as astutas ciladas do diabo.
12 Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim,
contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas
deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais
resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a
verdade, e vestida à couraça da justiça;
15 E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
16 Tomando, sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar
todos os dardos inflamados do maligno.
17 Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que
é a palavra de Deus;
Paulo diz que temos que lutar “nos lugares
celestiais” (Ef 6:12b). Esta expressão pode soar estranha, mas traz para nós
uma grande revelação. Os lugares celestiais se referem a uma dimensão
espiritual e não material. Isso quer dizer que, para confrontar o império das
trevas, temos que possuir conhecimento espiritual (revelação), discernimento
espiritual e armas espirituais. Não conseguimos vitória nesta guerra a partir
de recursos humanos (como influência, inteligência, força física, política,
etc...). Embora Deus possa usar esses recursos, não é deles que depende o nosso
êxito na guerra contra Satanás. O vídeo abaixo mostra um pouco de como é essa
batalha:
Nossa posição, ou seja, da Igreja, é uma
posição de superioridade em relação ao reino das trevas, porque a Igreja do
Senhor está revestida de poder e possui armas espirituais inigualáveis. Segundo
a Bíblia, após ressuscitar, Cristo "assentou-se à
direita do Pai nas regiões celestiais, acima de todo principado, e potestade, e
poder, e domínio e de todo nome que se possa referir não só no presente século,
mas também no vindouro” (Ef 1:20,21). Esta é a sua posição de
completa autoridade. Mas a Bíblia também diz que Deus “nos
ressuscitou juntamente com Ele, e com Ele nos fez sentar nas regiões celestes
em Cristo Jesus” (Ef 2:6). Portanto, nos estamos também numa
posição de superioridade em relação a Satanás e seu império. Temos que aprender
a tratar com ele de cima para baixo, como quem está em vantagem. Nossas armas
são poderosas em Deus (II Co 10:4), temos os anjos ao nosso serviço? (Hb
1:13,14) 13 E a qual dos anjos disse
jamais: Assenta-te à minha destra, Até que ponha a teus inimigos por escabelo
de teus pés. 14 Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados
para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? E
ainda em quantidade dobrada (somente um terço rebelou-se com Lúcifer) e uma
autoridade diante da qual os demônios tremem: o nome de Jesus.
A guerra espiritual acontece todo o tempo e
cessará no último dia, quando Satanás e seus seguidores serão lançados no lago
de fogo eternamente (Ap 20:10). Enquanto isto não ocorrer, a guerra persistirá.
Entretanto, uma guerra é feita através de uma sucessão de batalhas. Temos
períodos de menor confronto espiritual e períodos de grande confronto. Paulo
aconselha-nos: “Tomai toda a armadura de Deus para que possais resistir no dia
mal, e havendo vencido tudo, permanecer firmes” (Ef 6:13). Entenda “dia mau”
aqui como tempo de fortes confrontos espirituais, quando precisamos de
vigilância redobrada e de grande esforço para fazer prevalecer o Reino de Deus.
Há ocasiões em que a atitude da Igreja é uma
atitude de vigilância para apenas preservar o espaço conquistado. Isso pode
acontecer em todos os níveis (pessoal, familiar, congregacional, a igreja numa
localidade ou nação, etc...). Em outras ocasiões, somos atacados pelo inimigo e
temos que nos defender com esforço. Em outras situações, estaremos avançando
como Reino de Deus e teremos que provocar batalhas, anulando posições em que os
demônios mantêm controle.
2
Coríntios 10:4: Porque as armas da nossa
milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus para destruição das
fortalezas;
Outro fator que compete a nosso favor é a
Resistencia. O reino das trevas não consegue nos atacar ou impedir indefinidamente.
Sua munição e força são limitadas. Por isso Paulo diz que, se atacados, devemos
resistir até que passe o “dia mau” (e ele passará). Tiago assegura:
“Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg
4:7). Isso deve nos levar a entender que um dos segredos para a vitória é a
perseverança. Sem ela, podemos sucumbir diante de ataques adversos ou desistir
de conquistas possíveis.
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